quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A felicidade está na realidade


A busca pelo prazer, pelo êxtase, parece reinar no mundo contemporâneo. Você é obrigado a ser feliz a todo custo. Feliz com seu trabalho cumprindo a máxima amar o que se faz; feliz com sua família do tipo propaganda de margarina; feliz com o grande-amor-da-sua-vida como numa comédia romântica de Hollywood; feliz, feliz, feliz... Perdemos o direito de sofrer, afinal reclamamos de barriga cheia o tempo todo. Temos comida na hora do almoço enquanto a África passa fome. Somos saudáveis enquanto milhões de pessoas agonizam em hospitais. Temos emprego enquanto desempregados pedem ajuda nos sinais... Sem medo de parecer insensível, eu pergunto: e daí?
É claro que me importo com os problemas do mundo, tanto que não quero colocar um filho nele. Mas tais problemas não me tiram o direito de sofrer por sentir o peso dos meus, justamente porque eles são MEUS e não do mundo. Fome, miséria, doenças, guerras nos afetam mesmo que viremos as costas. Afetam à humanidade. Mas os MEUS problemas ME afetam.
Ainda não descobri como ser feliz no trabalho, pois continuo ficando muito mal humorada quando o despertador toca às seis da manhã. Minha família não se reúne em volta de uma mesa colorida todos os dias com sorrisos ‘colgate’, aliás, isso nunca acontece. Não encontrei o amor-da-minha-vida e não acredito que ele exista. Sofro com o ônibus lotado, com roupa e banheiro pra lavar, com a ausência da minha família, com falta de carinho e endorfina, com minha timidez, com a saudade de quem não está mais aqui, com a grana menor que o mês, com uma solidão inexplicável mesmo cercada de pessoas e ainda me permito sofrer com os problemas dos meus amigos.
Sofro mesmo! Sofro quando sinto que é necessário sofrer e sou feliz por isso. Feliz porque aprendi que o sofrimento é evolução e mesmo prazer. É preciso entender para resolver, mas antes: internalizar, sentir, amargar e até chorar.

Aline Lua
26/11/08 – 10:30h

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mundo invadido.


“Pelos caminhos que ando/um dia vai ser/só não sei quando”
(Paulo Leminski)

Meu mundo foi invadido. Invadido de coisas novas, de gente nova, de novos sonhos, de novos gostos, sabores, olhares, cheiros e coisas. Invadido de uma nova perspectiva, invadido de novos sentimentos, invadido por um novo mundo. Tomado.

Antes eram tantas coisas e eu. E eram tantos outros sonhos e eu. E eram tantas outras tantas pessoas e eu. E eram tantos ‘nãos’, alguns ‘sims’ e muitos, muitos talvez e eu. E era tanta bagunça, tanta confusão, tanta coisa junta e eu. E era tudo e eu.

Meu mundo foi invadido. Invadido por um sol que nunca se põe. Invadido por um vento sul. Invadido por uma timidez de outrem. Invadido por luas, ‘girassois’, brisas e ‘jasmins’. Invadido de cor, de terra, de jardim, invadido de lirismo. Conquistado.

E outrora foram sertralinas, insônia, palavras ao léu e tanta loucura. Foram convenção social, insegurança e alguma coisa que não dura. As pessoas foram feitas para durarem, todo o tempo que a gente quisesse, ou pelo menos que elas quisessem. E foram longas, intermináveis e incansáveis conversas, caixas de klin e telefonemas na madrugada. Foi meu caos particular. Outrora fora meu mundo, fora meu mundo sem mim.

Invadido. Tomado. Conquistado. Sem aviso prévio, comunicado ou manifestação. Tudo chegou e chegou assim, tão de repente. Para que eu não tivesse como me esconder. Tudo tão intenso, tão fluente, tão diferente que eu não tive escolha, escolhi: escolher. Meu mundo foi invadido. E eu fui com ele, tão serenamente, tão estranhamente feliz.

Meu mundo foi invadido e eu faço disso sorrisos, e deixo-os me invadirem, simples assim.

By Bailarina – 19/11/08 ás 15:09

Tá foda!


Você é que precisa de terapia, Ana Carolina. Não o seu filho...

sábado, 22 de novembro de 2008

Perto, porém longe…

Tive a honra de ser convidada para participar de uma Confraria… uma Cofraria das Flores. Achei fantástico, até porque eu já achava a idéia do grupo fantástica, participar dele então, seria perfeito. Ganhei um nome: Flor de Liz!
Comecei minha busca! Vivendo na África longe das outras flores, me senti na obrigação de fazer algo além… queria deixar uma marca, na verdade inventar moda… aff! Quanta frustação…
Visitava o blogg todo dia, e não vinha nada na minha cabeça… ai veio a brilhante idéia: “ vou começar pesquisando uma flor típica daqui, ou talvez nem típica, mas precisa ser linda”…
Bom queridas flores, eu rodei… rodei… rodei… e nada! Primeiro que Luanda é coberta por uma poeira laranja, pouquissímo verde, marcas da Guerra até hj.
Onde então, encontrar minha flor, minha flor linda para enviar para outras flores???
Perguntei ao Sr. Manoel motorista que trabalha comigo qual a flor típica daqui, me disse um nome super estranho (welwichia), porém não a encontramos… andava no carro atenta e nada…
Comecei a pirar: não temos flores em Luanda…. Eu já sabia que não tinha verde, mas nem uma florzinha… Em casa tenho uma mini horta, com mangericão, salvia e alface… Mas eu queria FLORES, FLORES COM CORES, FLORES LINDAS… e nos dias que eu procurava meus dias estavam sem cor, tristes…
Comecei a viajar: meus dias estão sem cor, por isso não vejo a flor? Parece brega, mas juro que pensava isso…
Foi na quinta feira do dia 30 de outubro, desci do meu apartamento para fazer minha caminhada do dia… Pra quem não sabe moro em um condomínio e faço caminhada todo santo dia… 1 hora pra ser mais exata! Tinha tido um dia bom, tranquilo. Na terceira volta para minha surpresa quando me virei, vi várias flores. Aliás, ao redor das casas dentro do condomínio cheinhooo delas… lindas, cor de rosa, brancas, amarelas… fiquei feliz demais na hora e ao mesmo tempo com vergonha… havia procurado tanto e estavam ao meu lado, dentro de casa…
Nossa, foi muito pra mim que gosto de viajar na famosa maionese! Subi para meu apartamento e comecei a pensar nessa lição que a vida havia me dado de presente… e claro, teria que compartilhar com vcs!
A vida não pode ser limitada! Meu olhar não pode ser único e sem possibildades… quantas vezes dormimos clamando por ajuda, por afeto, abrigo, amizade, etc, etc, etc…. será que não estamos buscando longe ou não enxergando o quão perto isso está?! Será que não estamos indo atrás das “flores” que talvez sonhamos existir e assim deixamos de ver as flores lindas e reais bem perto de nós?! Será que não idealizamos muito, quando na verdade o pouco seria suficiente para nos fazer feliz?.... será, será, será…. A grande questão é nunca deixar de buscar!!!
Talvez vocês não entendam o quanto foi bom isso acontecer pra mim. O quanto foi bom para eu “abrir” os meus olhos. Ir além, mas não o além impossível, o além no sentido de transcender, de enxergar, de me apegar aquilo que me faz bem e está perto de mim.
Enfim florzinhas, não deixem de buscar, pode parecer um jargão, mas quando menos a gente espera, a gente enxerga e entende muita coisa…
Bjos floridos para vcs!!!

Flor de Liz

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Meus Heróis Morreram de Overdose


Já eram quase três horas da manhã quando abri bem os olhos e vi.

Uma multidão implorando por amor. Por atenção, por estima. Chorando desprezo, dores da alma, angústia e um sentir-se só.

Mulheres sensualíssimas com rosto pintado e um certo olhar de drogas injetáveis. Elas dançavam, rebolavam seu rebolado curto, desfilavam tatuagens coloridas, cabelos desfiados e drinques acompanhados de seus cigarros. Unhas vermelhas, olhares nada acanhados dizendo “come and (try to) get me”. Disputamos pessoas, poder, beleza, raridades. E ficamos todos iguais. E um vazio gigante por dentro, quase imperceptível.

Era muito tarde pra mim. Quase três horas da manhã. Mas, também segurando meu drinque acompanhado de seu cigarro, dispus-me a observar aquela “dança-do-acasalamento-moderno”, onde o objetivo finale era outro, que não a reprodução. Ao menos racionalmente.

Mundo louco este em que vivemos. Somos filhos de Woodstock, libertos de verdades e mentiras. Aprendemos artes, mulheres votam, sexo é uma bobagem normal e inútil, aparência vale mais que tudo e... tudo pode. O meio sustentável de relacionamento é a internet, a impessoalidade chega aos consultórios psiquiátricos, e nossos cientistas pesquisam sobre células-tronco enquanto brigam com a Igreja quando o assunto é camisinha.

Mundo louco onde inventam vírus para venderem antivírus e neuroses para venderem antipisicóticos. E todos somos carentes de pais ausentes e mães culpadas porque trabalham o dia todo e pipoqueiros vendem drogas nas portas das escolas!

E nos sentamos na frente da TV todos os dias e assistimos os novos capítulos das novelas do caos político, dos filhos jogados em latões de lixo, do policial corrupto, das meninas de 12 anos e seus filhos, da AIDS, dos tiroteios nas favelas, das pessoas depressivas... E da nova coleção de biquínis Rosa Chá!

E quando abri bem meus olhos de sono vi muito bem: mulheres se jogando aos machos autistas, drogas que resolvem todos os problemas (tensão, estresse, transtorno obsessivo compulsivo, solidão, sede, gordura, magreza e vontade de chorar), cheiro de desespero, de desperdício.

Mundo louco! Muito louco este em que vivemos. Habitamos, sobrevivemos, interagimos individualmente sob cápsulas protetoras. O contato se restringe aos meios de comunicação virtuais e a poucos encontros com a realidade massacrante que criamos.

E não sabemos o que fazer com as mãos. E corpos.

Foi aí que fiquei com nojo. Eu estava ali também.

Como não pude vencê-los, só me faltou verificar se minha segurança ainda estava no meu bolso. Meu Rivotril.

É revoltante.


By Carolina Bahasi
23 de Julho de 2008
23 22:41 h

Parede, parada, imóvel. Mutante.


Hoje até parece que ele fez questão de vir mais cheiroso que o comum, mais diferente que normalmente, mais colorido. Mas nem isso fez meu olhar pasmo na mesmice enxergar diferente.

Parada no ônibus vejo os carros em movimento de inércia em relação ao meu olhar, estático, travado. Um fusca branco me lembra infância. Lembra-me a filha Íris de uns amigos da minha mãe. Ela nunca teria um namorado, enxergaria cada vez menos, teria os músculos cada vez mais atrofiados e, mesmo com os óculos fundo de garrafa e a distância de um metro da TV, a faziam reconhecer o vulto de Silvio Santos. Ela, quando mais nova (nunca soube a idade de Íris e nem mesmo sei se ainda é viva), costumava ficar com a língua pra fora da boca, como uma menina bobona, seus gigantescos óculos de grau e o tampão em uma das vistas. Na parte de trás do fusca branco do seu pai. Nem Íris me fez sair dali, do meu espaço intocável.

Cuidar de idosos geralmente é algo muito lindo, muito complicado, muito caridoso, muito cansativo, muito belo... Uma doação. Uma benção. Mas minha agilidade em trocar as fraldas, limpar o que deve ser limpo, manejar dentaduras, dar banho, arrumar a cama e dizer ‘abre a boca pra tomar o remédio que você cuspiu’ me fizeram robótica demais. É uma obrigação minha além das outras. Todos os dias tenho que fazer isso. Inevitavelmente.

Olho para o calendário e vejo que ainda faltam 58 dias. E parece que nunca passa. O tempo resolve, às vezes, seguir seu próprio caminho. Pelas pedras ou pelas ruas bitoladas de gente que não me toca o coração. Gente feia, gente bonita, gente alegre, gente pobre. Vejo e só. Vejo. Mas nada que me faça, hoje, sair do meu lugar, como se em estado de choque eu ousasse: “mas como pode?”.

Lábio leporino, HIV, Era do Gelo, Ditadura, Obama, campanhas de Marketing, gente morrendo, gente nascendo. Escuto gente tocando sax e acho lindo. Mais lindo que a banda inteira junto. E naquele samba eu poderia bailar a noite inteira sozinha com meu vestido longo, descalça, ao som da flauta doce, do baixo, da sanfona e de cada instrumento em separado. E naquele dia eu queria estar lá pra gritar ‘fora collor’ com as listas pintadas no rosto e sentindo que fazia a diferença. Mas era muito pequena.

Eu vejo tudo em quadrados. Eu tomo muitos remédios. Eu conheço muita gente assim. Mas elas não me comovem hoje. Elas não me tiram o olhar agarrado no nada. Elas não me rodeiam com cantigas de ninar ou batuques descompensantes. Nada.

Mas, se flerto uma zabumba de longe no meu ouvido... Vou logo andando sem avisar. Farejando como se tivesse que procurar o que sei que está bem ali. Mas é bom, aí é bom olhar para todos os lados, na certeza de descoberta. ‘Um projeto social? Ó, que bacana!’. E pronto. Idéias a mil.

Escrever e ler tem me tirado o sono. O primeiro porque não o faço mais. O segundo... Bom o segundo tem haver com uma menina chamada Laila, de 9 anos de idade que entrou na minha cabeça, pulando num salto só direto daquele livro da capa alaranjada para o meu dialeto e meu compromisso em saber toda a sua história. Aí leio muito. Quando posso ler, quando deveria estar em plena meia noite de sono depois de um holocausto, e durmo pouco. Pouco a ponto de quase cerrar meus olhos agora, hora de ficar acordada.

E nem meus olhos coloridos mudam de cor quando chove ou faz um sábado de sol. Um arco íris, imagino, talvez o possa. Mas não vejo nenhum por aqui. Aliás, não vejo muito, nem escuto muito. Meu maior prazer tem sido dirigir e sambar sem quê nem porquê. Correr já não me agita, encontrar com uma grande turma de amigas dos velhos tempos não me tira suspiros.

E hoje, que parece que ele veio todo de branco pra me deixar bamba, queria até bambear as pernas. Correr o risco de cair, de ficar com vergonha e enrubescer a face. Mas nem mesmo a ligação do outro que sabe-se lá o que queria tanto dizer (meus ouvidos viam pessoas nas ruas e nada mais) me tocou, mesmo que sutilmente.

Não espero algo que me toque. Mas se algo me tocar, aí sim, como que num conto de fadas deixarei de ser estátua da minha vida e começarei a agir, andar e até aprenderei a sambar. Um samba que não seja somente balançar os pés. Um andar que não seja somente o meu atual perambular, mas correr, pular, voar! Sair daqui.

Aqui tá ruim e feio. Não quero mais. Nem mesmo esperar. Se algo que quero que me toque... Que EU me toque já.


By Carol Bahasi
17 de novembro de 2008 - 15:10 h

sábado, 15 de novembro de 2008

AI ELA DISSE:



POR AMOR OU BESTEIRA?

e nada mudou, venha me dizer onde você andou...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mãe de Frank (by Carol Bahasi)


Presente lindo da Tia Carol...


Mãe de Frank


Sabe aquela sua colega de trabalho? Aquela com uma vozinha esganiçada, um jeitinho, digamos, violento de gesticular e uma braveza crônica? É... A que fala alto porque diz que não escuta bem. A que briga asperamente por qualquer motivo? Defende suas idéias a finco, baseada em conteúdo sólido, sempre estrategicamente observadora e, pior, faz esforço e consegue escutar o próximo?


Pois então... Vai cutucar a onça com a vara curta, vai... Ela é o tipo de colega de trabalho que é pra ser só colega de trabalho. Dá medo, não?


Pois a Tia Carol aqui não teme. É doida. E foi lá atrás da tal menina tentar entender porque tão audazes eras... E pôs-se a descobrir que a tal bravura era tão somente um jeito de se proteger “deste mundo de mágoa, ê, ê!”. E começou a perceber que a pobre mocinha sentia-se só naquele momento. E que se sentia fraca e pequena e completamente desprotegida. Chorava no banheiro e já vomitou de tanta dor. A dor que vai de fora pra dentro no corpo e fura e rasga tudo! A dor que precisa ser doída com colinho de flor, né, Flor?


E descobriu que a vozinha é dela mesma... Mas é mais costume do que surdez. E o jeito violento de gesticular é pra fazer barulho, mesmo, chamar atenção para as mãos e desviar atenção para os olhares... E que os argumentos com base e fundamento existem justamente porque se esforça para escutar. Mas nem precisa fazer muita força, não. É boa de “escutamento”. Até gosta de escutar quando não sente que TEM QUE FALAR ou provar que fala.


E Tia Carol foi infiltrando-se naquela barreira de tijolos. Custou. Mas chegou lá. E aí que viu que o colo que ela, Carol, tinha pra oferecer, era parte grande daquilo tudo que a menininha aparentemente arrogante precisava pra deitar-se. E deitou. Chorou lágrimas de crocodilo, lágrimas pretas...


Carol percebeu. E... Tcham, tcham, tcham, tcham! (Sempre quis escrever isso, rs...):


VIROU AMIGA DELA!


E colocou o nome de Lua na moça que antes era só Aline Lacerda. E ouviu ainda muitas lamúrias, colheu muitas lágrimas e aconchegou no colo a moça pequena. Inventou que uma música era dela, só pra ela. A inclui no grupo seleto das pessoas que são obrigadas a vestir sua roupa, levou-a nos sambas da noite e do dia. Até que começou a se deixar levar também...


A Lua pegava a Girassol pela mão e dizia: “Não precisamos disso. Vamos sambar!”. E deram por ficar pau a pau. E a moça Lua, que antes chorava, sentia-se pequenininha, sofria, se sentia feia e boba, começou a brilhar e saltitar. Um dia colocou uma sandalhinha rasteira e uma bolsinha a tira colo e foi tudo o que já era e nem sabia. Ela virou a rainha da criançada, flor da lua da confraria e amiga de mais gente, como ela costuma dizer, “QUANDO ACHAVA QUE JÁ TAVA BEM DE AMIZADE”...


E hoje ela está sempre linda, sempre borbulhando luzes, leve como uma pluna, rodipiante como haveria de ser uma Lua liberta.


Liberdade! Pensamentos coloridos! Vestidos coloridos e lindos! Caras e bocas! E liberdade!!!


Hoje, Tia Carol, a Girassol, muitas vezes tem que implorar por atenção porque a menina vive no mundo da Lua, está sempre ocupada (ainda bem, semeando o bem para adiante). E Carol abençoa por um lado e sente por outro.


Abençoa porque ergueu uma Lua que faltava no céu só de estrelas. E a Lua é linda sozinha. E às vezes traz doce pra ela.


Sente... porque... é... PARECE QUE CRIOU UM MONSTRO!. Ô moça difícil! Tem tempo pra Tia Carol quase mais nunca!


Mas a verdade é que fica muito feliz porque Lua sente-se como Lua mesmo.


Outro dia falou dos dois meses que se passaram sem registro sem perceber que faz mais muito mais tempo que isso que ela foi aos céus. E que o registro deu-se maior do que ela pensava... Deu-se bem antes. Desde quando se ouve neste vai e vem a menção “Precisa de uma amiga, né?”. E samba vai-se a rolar solto pelas tantas da manhã, no samba ou no forró de itaúnas. Na rua, no boteco, na casa, na piscina ou em outro canto qualquer.


Porque de qualquer lugar agora pode-se ver a LUA brilhando majestosamente.


E Tia Carol só agradece.



By Carol Girassol Bahasi
13 de Novembro de 2008
16:23 h




E eu só poderia fazer um comentário (o que sempre quis fazer):

"EU PEÇO A DEUS PRA SER FELIZ E O BENDITO EXAGERA!"

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mãe, escrevi uma poesia...


Porque se há de haver um cravo dentre todas estas flores, que seja ele.


O PRECISO


Eu preciso daquilo que é preciso
Para precisar do que você precisa
Precisar precisando do necessário
Para precisar de tudo
Preciso no mundo
E no meio disso eu tenho
O preciso
Que é uma boa vida

ASS: Diego Reis
Data: 11/11/2008
(e solta: hoje é onze do onze!)

Dalva e sua amiga Sharon


Aquela que veio direto do filme de Ray Charles... Ariela, Sharona, tia Sharon, babá de plantão, amante de óperas e cachorros…

SHARON, a pessoa que mais tira fotos com estranhos!

Depois de achar o Padre que sumiu na inóspita viagem de balões, depois do cara do algodão doce (duas vezes), do vendedor de brincos, da velhinha feliz da Serra do Cipó, da cara estranho do sábado de sol, do cantor sertanejo, do bêbado com o chapéu côco e outros casos não registrados...

Ela aparece com nada mais nada menos (nada menos mesmo), Dona Dalva! Quer dizer, Dalva, Dona não.

Dona Dalva deu o ar da graça num lugar difícil de aparecerem pessoas estranhas para a coleção de fotos pessoais com gente esquisita de nossa heroína. Dona Dalva apareceu na casa de Jazz-mim, durante um encontro da Confraria das Flores que, de fato, pouco renderia se não acontecesse de aparecer por ali. Isso é mais uma prova de que a Confraria terá uma representante Brisa no Guiness Book. Até no lugar mais improvável do mundo (exagero que nada!) ela conhece gente estranha!

Dona Dalva apareceu “do nada” e passou o dia todo ali. Foi a nossa musa inspiradora para momentos dignos de registro de inspiração (é, ela apareceu...). Dona Dalva nos fez questionar a habilidade que temos em julgar. Mas ora! Porque alguém que já é bisavó, não pode gostar de Amy Winehouse? Quem foi que disse que ela não pode se abrir com um monte de mulheres jovens amontoadas sobre suas palavras e falar das suas aventuras amorosas? Porque Dona Dalva não pode tomar um “tiquinho” só de cervejinha e contar coisas que não posso nem dizer aqui (só sei que não é a primeira penetração...)?

Pois Ariela provou, mais uma vez, seu dom em nos trazer as pessoas estranhas para convívio. E desta vez ela se superou! Trocou e-mail e, se não me engano (ou se a quantidade de álcool no meu sangue não me confunde), acho que até combinaram uma viagem à Europa ou USA para visitar a irmã de Dona Dalva (deve chamar-se Dona Nísia...) e ainda arrumarem um casamento para Sharôn por lá... Mas não tenho certeza.

Fato é: Ariel Sharona é DEMAIS, NÃO É, TIA CAROL?

By Carol Bahasi Girassol
11 de novembro de 2008
20:17 h

Cores em P&B



Dia cinza, imaginação estéril, coração gelado. Na página branca tento rabiscar letras sem sentido. Pessoas me vigiam. Querem resolver seus problemas com a minha ajuda, mas não me ajudam quando preciso resolver os meus. Por isso não vou parar. Vou continuar a preencher a página até que ela finde. Depois, e só depois, eu vou lá ver o que eles querem de mim.

O arco-íris que pintava o céu quando eu era criança, sumiu. Nunca mais apareceu. Em dias cinzentos, como hoje, ele aparece em minhas lembranças sem que eu queira. Isso me faz querer chorar e voltar no tempo. E brincar. Tenho fome de coisas coloridas: balas, sorvete, melancia... amor.

Me sinto estranha agora. Vontade de correr de mim mesma. Nem o samba foi capaz de me colorir! Se o samba foi recusado, o que mais posso pensar além de sentir-me recusada também? Será que sou tão preta-e-branca assim?

“Ele vai viver sozinho” é o que canta Maria Rita sobre o Cara Valente. Começo a achar que será o contrário, ou, talvez seja igual para ambas as partes. Enfim, a parte de lá não me interessa, mas a parte de cá parece que vai mesmo viver sozinha. Sozinha e acompanhada por meus sonhos, fantasias, medos, fantasmas, paredes e cores pálidas. Sozinha de amor, de cobertor, de filme, de suspiro, de banho-junto, de endorfina.

Quero um lápis-de-cor para colorir o mapa das nuvens e quero, depois, fazer um vídeo sobre esta brincadeira que não é de criança. Um vídeo em p&b com personagens coloridos.

Aline Lua
10/11/08 – 15:50.

domingo, 9 de novembro de 2008

faltou Kenzo...

Começou assim:

A senhora quer uma coca cola? Uma água?
Uma cervejinha?

- só um “tiquinho” pra não dizer que não aceitei...

Jazz: chamei só o menino. A avó não...

E foi.

A ultima penetração é a do pênis...
A primeira... É a do olhar...

Já sou BISAVÓ e ainda estou amando.

Eu não posso ir a lugar algum sem antes ir à casa da minha irmã, gente...

TUDO lá. Mas as pessoas são gente de verdade, sabe?
O vento leva é lindo, NE?

TUDO PODE ACONTECER, NÃO?

O marido dela...

A concorrência aqui é brava
O americano, não. Ele gosta de casar. Ele é todo diferente...

Ariel: É bom demais conversar, NE?

“Mas não sou beata, me criei na rua...” – a música de fundo...

Ariela interrompe: o final do texto: “E EU, O OBJETO DE ESTUDO”

Bailarina murmurou: e a participação especial? E aponta para a doninha.

Making off de Lua com fotos de contraste...

... Na porta do cinema...

E a doninha avó do menino continua no papo cabeça com ariela...

Girassol diz: cansei. Mas a dona solta: “ele é foda. Levei 6 anos pra liberar geral”.

Ariel: porque a senhora não fica nua?”

Ela explica: fui uma moça pudica... Olha a minha educação, menina. – ela levanta e demonstra o tamanho da saia...

... Meu pai matava!

Ariel: e a senhora se sente castrada ainda?

TÁ DEMAIS NÃO TÁ, TIA CAROL?

Ariela: a impressão: castrados todos somos em nosso dia-a-dia. E a cada castramento que sofremos aprendemos que é hora de mudar... Ouvir... Sem questionar. E qualquer vento que sobre em nossa direção é parte do que se tem que fazer para modificar o errado. Aprendo... Aprendo... E vejo em olhos coloridos aquilo que não tive ou aquilo que eu não quero ter. Viver sem ser castrado seria muito obvio. Não quero o obvio. Quero o inserto, o imprevisto, um sorriso.

Bailarina: Essa aí é a minha música - E subo bem alto pra gritar que é amor... Eu vou de escada para elevar a dor. – Acho que todo mundo deveria se jogar, assumir o compromisso consigo mesmo de estar feliz, independente das constantes. Esse final de semana pra mim serviu pra isso, a decisão – como diria a Lua – ainda não chegou mas...A vontade de estar feliz, muito feliz, chegou e chegou faz tempo...

E de repente começa... ”Eu tenho a força, sou invencível, somos amigos, unidos venceremos a semente do mal!” Amém! – Com direito a coreografia de Ariela e Girassol...

Ariela: E quem não se sente castrado?

Girassol troca a trilha... Amy Winehouse, Rehab.

Doninha avó do menino - Levanta da cadeira (que ela ocupa desde quando chegou) dançando – Eu adoro essa música! – Impagável... Impagável.

Lua: primeiro, Lua muito feliz porque conheceu a linda Luara! Segundo que a confraria hoje ta demais, né, tia Carol? (Luazinha disse que só ela pode dizer, mas me autorizou também). “Tentei ligar pra você...” rola no som, mas eu não tentei, nem quero mais tentar. Quero produzir um vídeo, aliás, vários!!! 3 na massa agora. “Dentro de mim... você vai morar dentro de mim...”
Jazz quer que arrumemos a bagunça feita pela confraria. Tudo bem Jazz, com esse tamanho todo quem é doida de dizer não?

Ariela: solardosguimaraes@ig.com.br

Jazz mim: Débora é o caralho! Meu nome é jazz mim porra! Diego quer ir embora do clube, da casa preferida dele. Luara (amor inimaginável, foi almoçar, contra a vontade, pois não estava com fome) O outro me deixou de mau humor ate a confraria chegar, e eu vou torcer pela paz pela alegria pelo amor. Odeio ciúmes, dona Dalva, que não pode ser chamada de dona, conta do delegado que quer casar com ela, alias ela quer casar com ela mesma... Desculpa, sou bonita, sou gostosa, sou demais... E por ai vai, ela se acha linda! Encontros assim, coisas assim, só acontecem comigo. Casei com musico, beijei musico famoso, foi pauta do dia... E agora estou enamorada por um publicitário... Será? É a pergunta que não cala... São brigas constantes, eternas, mistura de ariano com escorpiano... Explosão atômica é a cena mais sutil que se vê... Minhas RETICENCIAS SÃO ETERNAS, NÃO SÃO? MAS INTERROGACAO PAREA TERMINAR É DEMAIS... LARGUEI MEU PATRAO, QUE ME SOPROU O VENTO NA ALEGRIA DE SER... E APRENDER QUE O AMOR PODE SER DE VARIAS FORMAS... Essa caixa alta foi sem querer... E eu preciso de fazer samba e amor ate mais tarde. O corpo pede... Fazer amor é tão bom, eleva a alma, suspira a dança, faz o corpo ser peculiar! Isso nunca acontece de novo! Frases soltas pegas no ar. : exuberante! Sim, dia exuberante... Amo tanto tudo o que se aproxima. Me dou tanto... Me entrego tanto... me deixo levar por não prestar satisfação.... Eu faço samba e amor e tenho muito sono de manha... Me jogo, entrego... Não tem que pedir permissão, é só chegar e elogiar, é só avisar, é só sentir, é só viver... Eu amo a todos os que me fazem bem, e tenho muito sono de manha. Brigada!

Florisbelinha: se não sabe tem que pensar né tia Carol?

De repente, não mais que de repente, após a leitura da confraria, eis que o telefone toca, fixo, celular...Aqui se acha todo mundo. Todos estão aqui, até quem não está.

Jazz saí pra atender pra lá - Silêncio, que eu quero falar aqui –

Bailarina saiu pra atender pra cá - O encontro continua... Desde ontem! To na casa da Jazz! –

E quando volta... A pergunta da Lua que não quer calar - E aí? – Risos!

- Eu nem sei mais qual é a minha função nesse relacionamento... Vai encarar?!

O vento vai dizer lento o que virá, e se chover demais, a gente vai saber claro de um trovão... Se alguém depois, sorrir em paz...Só de encontrar. – Sábias palavras.

Festa na piscina. Ariela de roupa e tudo.

E a vida da confraria das flores continua... não mais resgistrado aqui, agora só na memória . Tudo lindo e florido como sempre.

Segundo encontro mundial da confraria das flores. Uma hora todas as rosas e cravos reunidos... e mais outras raras flores.

Historia sem fim...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eu aceito!


Fiquei sem escrever por um tempo, os devaneios estavam enormes no momento mais tenso da minha existência! Fiquei sem escrever a pedidos de minha mãe, que disse para não colocar todos meus sentimentos pra fora. E mãe sabe o que fala. Ela sempre me disse o que fazer, ela sempre me avisou que ia acontecer. E eu não acreditei. Agora não deixo de acreditar em mais nada que venha dela. Mas aqui, no meio das palavras me acho um pouco, às vezes um tanto. Acho-me nos momentos mais conflituosos e confusos dos meus sentimentos. Na intensidade das atitudes! Me encontro um pouco. Atitudes impensadas têm serias e drásticas conseqüências. Às vezes são remedias com amor, às vezes com dor. E isso dói, dói muito. E vou ter que viver tudo sem ter escolhido. Ou escolhido, mesmo que inconsciente! Com ingenuidade. Todos dizem que sou ingênua. Talvez tenha outro nome: pura. Sou boa demais, me entrego demais, acredito demais. E isso mudou. Não acredito mais em ninguém, só na minha mãe, na minha família, que sempre soube o que disse. Eu não queria deixar de crer que existem boas pessoas por ai, mas mudou. Se pudesse continuar confiando ia ser ótimo, é mais fácil viver assim. Mas agora não mais! E não quero que ninguém entenda meu desabafo, pra quem sabe ler um pingo é letra! Confesso que estou sofrendo. Muito. E ainda vou sofrer mais. Minha alma esta refogada com ervas daninhas, com nuvens escuras, com dor de perda, com duvidas de tudo. Confusão de sentimentos machuca. Estou sim, com muita vontade de chorar, de gritar, de sair correndo, de sumir, de ficar por ai... Porque se é liberdade que quero, alegria e felicidade, ainda não achei um nome certo.

Carta à Inspiração


Querida Inspiração,

Vossa Senhoria anda sumida destas bandas de cá, de onde canta o sabiá, onde ficam as costas e os espelhos, os Girassóis e o jardim encantado. Há muito tempo não a vejo, nem de longe nem de perto, e tenho sentido vontade de sentir sua falta. Um pouco cansada, porém. Mas meu eu interior (aquele que vive brigando comigo) me pressiona a escrever-lhe esta carta e solicitar seu comparecimento. Ao seu devido lugar.

Sei que andas muito sumida, perdida por aí... Debaixo de alguma sacada, cantando coisas de amor. Mas como escrever é um ato de liberdade, sei que V. Sa. também precisa se libertar das amarras deste mundo sem mãos. Senhora Inspiração, sabemos que não tens mãos...

Mando aos seus saberes, ainda, que a senhora Preguiça anda muito lenta e em processo de retirada. Sendo assim, todo o espaço que ocupava com seu volume avantajado será liberado para que vossa senhoria possa voltar a dançar e cantarolar dando piruetas felizes em processo de produção contínua e indolor.

Espero que vossa majestade não ouse ludibriar-me. Esta persona que não consegue mais escrever longas anedotas ou mesmo pequenos ensaios sobre as coisas da vida. Porque quem vos escreve precisa de sua mágica arte da criação espontânea.

Nem sei se há de receber esta correspondência. Faço votos que a modernidade dos tempos de outrora façam chegar à digníssima tão importante recado, mas gentileza, de qualquer maneira, dar o ar da graça.

Compareça, cedo ou tarde, mas ainda por agora. Voltaremos às vacas polpudas e deixaremos de lado estes pangarés magrelos da “sem gracisse” que ainda tentam, mesmo semi-padecidos, nos carregar nos ombros. Os deixaremos na morte e vida severina, nos sertões de veredas, nos agrestes com suas tietas e suas vidas secas.

E vamo-nos embora para pasárgada, o não lugar, lá onde fica aquele vilarejo ali, que tem uma casa muito engraçada, lá onde a existência é uma aventura. Lá onde posso chegar mais perto e contemplar as palavras. Cada uma. Onde ficam as bandas de música. Foguetes. Discursos. Povo de chapéu de palha. Vamos porque é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente! Vamos lá onde quando se vê, já são seis horas e quando de vê, já é sexta-feira!

É logo ali, onde eu posso voltar a ter apenas as duas mãos e o sentimento do mundo.

E, por favor, perdoe-me, senhora Inspiração, se escrevi carta tão comprida. Não tive tempo de fazê-la curta.

By Carolina Bahasi
05 de Novembro de 2008
15:07 h

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Porque Flores são SOLIDÁRIAS!


Quem realmente é

Perdida, entre o ir e vir, o que foi e o que é, como se não bastasse, tem o que será.
A vida deu voltas, deu tapas, deu colo só não deu o seu lugar.
Lugar para ser o que sempre sonhou, será que se sabia o que se queria?
A verdade é: nunca se sabe.
Dor maior é saber que não se sabe o que deveria saber.
Quem realmente é.
Por isso, se vive à deriva.
A mercê das emoções, esquecendo de puxar o racional.
Voltar para a vida que hoje se tem.
Há dias em que realmente não se quer nada.
Mas isso não é assim tão mau.
Os piores dias são aqueles em que não se sabe o que quer.
Ai questiona-se o todo.
O certo passa a ser o errado e o errado é tão certo que afirma ser errado.
E vai vivendo ou sobrevivendo, um dia de cada vez.
Mas, ainda sim guarda uma musica, que lembra uma historia.
Que lembra um momento.
Que lembra alguém..
Alguém que realmente é, ou foi, você.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Flores e Amigos

Desde o bendito dia 07 de Setembro é a segunda vez que ganho flores. Ontem ganhei uma linda violeta toda florida. Voltei para casa chorando. Por muitas vezes chorei dentro do ônibus, mas ontem foi diferente. Chorei de alegria. Lembrei dos meus amigos e do que eles fazem por mim. São lindos!

Douglas. O conheci na faculdade e não consigo considerá-lo amigo. Ele é mais que isso. É meu irmão, apesar de muito diferentes. Somos irmãos para sempre, porque irmãos não podem se separar. Ele me entende sem eu precisar explicar. Ele me xinga da maneira mais carinhosa possível. Ele me chama à realidade e me apóia. Ele é o irmão que minha mãe não me deu, mas que Deus me permitiu escolher.


Pollyanna. Ela é ciumenta, paty, desanimada e a mais linda pessoa que eu conheço. Uma lágrima refrescante escorreu em minha face quando lembrei da maior manifestação de amor que já recebi de alguém. Estava em sua casa sofrendo muito por um amor acabado e maltratado. Fiz uma ligação e comecei a chorar muito. Ela estava na sala e me mandou ir para o quarto. Terminei a conversa em prantos e voltei à sala. Ela estava encolhida nos braços do seu namorado chorando muito mais que eu. Ela chorava por me ver sofrer.


Glauciane. Lembrei de nossa conversa na lanchonete da faculdade. Dizíamos, sem compromisso assumido, que poderíamos morar juntas se precisássemos. Eu precisei. Ela estava confortável no meu momento mais difícil e abriu mão do seu bem-estar para me ajudar. Além de guerreira ela é humana. E agora temos planos e metas a cumprir juntas.


Lizandra. Na fase mais difícil que atravessei, Deus me mandou um anjo. E a estória de nossa aproximação é linda! Ela sonhou comigo. Sonhou que eu estava sofrendo e pedindo ajuda e eu estava mesmo. Ela veio cheia de receio e me ofereceu carinho, ouvidos, atenção. Agradeço a Deus todos os dias por este anjo, por esta amiga. Ela está longe, mas muito perto porque está no meu coração.


Carol. Quando eu pensava que eu já estava 'bem' de amigos, que não cabia mais nenhum em minha caixinha de amizades, me chega a doidinha. Nem imaginava que pudéssemos ser amigas. Ela era muito diferente de mim. Era. Não que tenhamos mudado, mas nos aproximamos (ela se aproximou) e descobri que somos muito iguais nas nossas diferenças. Ela cuida de mim mesmo quando não está cuidando. Basta eu me lembrar que ela é minha amiga e já me sinto cuidada.


Cinara. Ela chegou perdida. Parecia não conhecer aquele ambiente. Tenho muita preguiça de gente nova, de ter o trabalho de socializá-las, mas resolvi tentar. Sabe aquelas atitudes que você toma sem pretensão de retorno? Pois Deus me presenteou com a amizade dela. Com uma pessoinha (porque ela é pequenina) linda! Ela me deu as violetas. Obrigada, linda. Obrigada pelo gesto de carinho e por me lembrar que tenho amigos e, por isso, não estou sozinha.


Agradeço a Deus pelo meus amigos, estes e mais tantos!


Aline Lua
02/11/08 – 20:50h

domingo, 2 de novembro de 2008

Posso me considerar uma flor de verdade?

DEVANEIOS INSENSATOS A QUATRO MÃOS!

Então tá, Quatro Mãos atadas, A PROPOSTA!

As minhas mãos, outro dia, estavam bem soltas... Lógico, estava bêbada! O meu mundo, aquele que é só meu, aquele que não tem portas nem janelas, fica sempre muito pertinho de qualquer realidade que prenda as minhas mãos... Pois naquele dia uma amiga me falou: “... a Carol é ótima, ela é personagem dela mesma! E o pior: ela se auto-interpreta!”

Existe, porem, outra personagem... Denomina-se Jazz-mim... Ela fugiu! Fugiu dela mesma... Mas ela vive emoções, e tenta de alguma maneira se interpretar, mas não tem o mesmo êxito! Ainda não aprendeu onde fica o Botão do entendimento!

O Botão, ora, é fácil... Basta fechar os olhos esticar as mãos para qualquer lado, e... Não vai achá-lo! Ele não existe... Às vezes, quando de mãos soltas, chego a pensar: “será que eu existo!?”, “Será que ela existe!?” Bom, ela.. Eu ate acho que sim, talvez ela tenha me inventado....

Criação de Deus, ou da imaginação fértil?

Existe isso!?

Pode ser... Imaginação eu tenho certeza...

Mas toda imaginação não é fértil?

Depende do ponto de vista da loucura...

Ah, mas então se for entrar nesse papo, o ponto ou o Botão deve ter neném (?). Se o losango do losango quadrado com caule mitocôndrio plasmático do meu eu exterior... Também depende!

OK. Trocamos de lugar porque ela, Flor da Terra dos Gigantes, não consegue fazer UMA COISA SÓ. Faz tudo muito “muito” e ao mesmo tempo!

Colocamos a musica no repet.

Fonte de inspiração... Jazz Cult. Humpf!

Às vezes fico imaginando... De onde sai tanto sentimento... E porque o Ser Humano gosta tanto de sofrer. Porque, na realidade, a gente gosta de sofrer. A gente até pede pra sofrer. Inconsciente, Ok. Câmbio, desligo. E tem outro jeito de aprender?

Ora, mas você não é GENTE! Você é Flor da Terra dos Gigantes... Como vou saber o que se passa no seu coração... Você tem coração?

Tenho! Quebradinho, viu? Mas tenho.

Eu Também!!!

Não é porque sou Flor da Terra dos Gigantes que deixo de ser uma Flor.

Na verdade eu sou um Jazz-mim entorpecente. Tempestade em forma de brisa. É a lua. Descobri! É a lua cheia que tá me deixando assim.

Posso?

Pode.

Ok. Então você confessa ser uma Flor? Então você – péraí, deixa eu falar - Então você confessa que não é GENTE, não? Mas você fala de coisas de GENTE... Sr. Juiz! Ela é culpada! Ela é Flor tentando dar uma de GENTE na terra das GENTES e fica falando só de Flor doida. Ela é culpada! E talvez não exista. Como?

Você me fez uma revelação... O que vai ser de mim agora? - (e ela diz que a revelação é uma Dúvida, meu Deus...) - Eu descobri que não tenho coração... Flor tem coração? O que sou?

Bom, Sr. Juiz, eu não sei mesmo... Eu estou aqui, atada a ela e... Não tenho condição de responder esta pergunta infame. E você? Sabe? Sabe onde deixamos as ataduras?

Minhas mãos eram soltas. Agora estão presas. As ataduras continuam aqui. Cada vez mais apertadas. E doem...

Mas aqui onde? Não vejo nada por aí. Vejo, sim, unhas vermelhas e uma Skol quente descendo goela abaixo.

São imaginárias. Ficção da nossa cabeça.

Flor tem cabeça?

O cigarro quebrou. E ela disse “nossa!”

Cabeça gigante, é?

Acende o cigarro...

Acho q perdi a conexão com a flor, Sr Juiz. Será q ela usa wireless?

Que isso?

Conexão sem fio... Pelas ondas do rádio... Aqui, na terra das GENTES, a gente costuma usar.

Achei! As ataduras.

Onde?

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos.

...

A música no repet...

Tã nã nã nã nã... Take Five... Jazz.

Não sou gente, sou Flor! Flor não tem mão, não tem cabeça, muito menos coração, por isso não estou atada, não sofro com as minhas verdades e muito menos meu coração dói.

Pronto. Resolvi todos os meus problemas. Mas cuidado... Tenho espinhos. E vou me proteger.


De você?

Da terra das GENTES.

GENTES como eu?

Se você me regar, não.

Síndrome do Pequeno Príncipe, que linda... Tá se achando Flor mesmo? Uma hora é capaz de se plantar na terra mesmo, hein?

Sr Juiz! Acabei de me “atar”, quer dizer, ater a um fato!

Veja bem... Logo acima ela confessou, de novo, que é a Flor Terrorista da Terra das Flores Gigantes!

E...

A hora das célebres: “Prendam-na!”, “Te prendo em nome da lei!” E não poderia faltar: “Siga aquele taxi!”.


Carolina Bahasi – Direto do mundo da imaginação
Jazz-mim à Flor da Pele – Direto da Terra das Flores Gigantes
23 de Maio de 2008-05-23 22:22 h
Lúcidas.

( Resolvi postar esse texto para contar de onde veio a inspiração para tamanhos devaneios, foi dai que surgiram vários bordões, foi desse texto aí que tive coragem de criar meu blog e colocar a cara no mundo, e diferente "de costas pro espelho" fiquei "de costas pro mundo", e fodas a sociedade, eu digo o que sinto. E foi desse texto que flores tornaram as peças fundamentais do jogo! Não o jogo da vida, mas da alegria de jogar com amigas, compartilhar, entender, aceitar e viver feliz! Sim minhas lindas flores, esse foi o começo de tudo! Divirtam-se sempre, essa é a lei!)
Sejam todas bem-vindas, muito bem-vindas!




Feliz por ser FLOR!
Feliz por ter amigos!
Feliz por não me sentir só!
Feliz por viver!
Feliz por ter problemas!
Feliz por ser mulher!
Feliz por descobrir que me amo DEMAIS!