“Pelos caminhos que ando/um dia vai ser/só não sei quando”
(Paulo Leminski)
(Paulo Leminski)
Meu mundo foi invadido. Invadido de coisas novas, de gente nova, de novos sonhos, de novos gostos, sabores, olhares, cheiros e coisas. Invadido de uma nova perspectiva, invadido de novos sentimentos, invadido por um novo mundo. Tomado.
Antes eram tantas coisas e eu. E eram tantos outros sonhos e eu. E eram tantas outras tantas pessoas e eu. E eram tantos ‘nãos’, alguns ‘sims’ e muitos, muitos talvez e eu. E era tanta bagunça, tanta confusão, tanta coisa junta e eu. E era tudo e eu.
Meu mundo foi invadido. Invadido por um sol que nunca se põe. Invadido por um vento sul. Invadido por uma timidez de outrem. Invadido por luas, ‘girassois’, brisas e ‘jasmins’. Invadido de cor, de terra, de jardim, invadido de lirismo. Conquistado.
E outrora foram sertralinas, insônia, palavras ao léu e tanta loucura. Foram convenção social, insegurança e alguma coisa que não dura. As pessoas foram feitas para durarem, todo o tempo que a gente quisesse, ou pelo menos que elas quisessem. E foram longas, intermináveis e incansáveis conversas, caixas de klin e telefonemas na madrugada. Foi meu caos particular. Outrora fora meu mundo, fora meu mundo sem mim.
Invadido. Tomado. Conquistado. Sem aviso prévio, comunicado ou manifestação. Tudo chegou e chegou assim, tão de repente. Para que eu não tivesse como me esconder. Tudo tão intenso, tão fluente, tão diferente que eu não tive escolha, escolhi: escolher. Meu mundo foi invadido. E eu fui com ele, tão serenamente, tão estranhamente feliz.
Meu mundo foi invadido e eu faço disso sorrisos, e deixo-os me invadirem, simples assim.
By Bailarina – 19/11/08 ás 15:09
Um comentário:
Que invasão deliciosa menina! Isso está acontecendo comigo tbém.
Beijos de luz!
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