Texto do Cotta, novo amigo e companheiro na Terra de Hitler. Ele não sabe o cheiro da flor, minha gente!
Ô bobo!
Aí, óh:
Que diabo de olfato que não encontra na tal flor o cheiro que ela tem?
Que nariz teimoso - terá entupido? - que recusa esse fedor que é bom não cheirar!
Ou será a flor a murchar que não lembra mais o aroma que lhe é peculiar?
Fôsse apenas o nariz, danados esses sentidos!
Os olhos, aflitos, vêem a flor por todo lugar, não importa acordados ou até a sonhar;
A flor somente, em qualquer lugar, é tão somente o que ficam a olhar.
Se dana o tato, que fica louco de vontade de tocar.
Sentido fica o coração, que não tem o que fazer face ao fraco da visão
Mesmo fechados, os olhos voam em memórias e imaginação.
Dá um nó no miolo...
Os ouvidos se confudem: querem "sim" em lugar de "não"
Acabam confudindo o tato, que fica, ora, sem onde pôr a mão.
"Não entendo voz de flor!", se defende a audição
O corpo já é perdido...
Vai daí o paladar, tristonho, a esperar
A boca já se envergonha da confusão e nem mesmo se põe a falar
De novo, sofre o coração que fica abafado, querendo gritar
A língua, curiosa, lembra o gato, que deu azar
Se pergunta noite e dia
"Que sabor essa flor terá?"
By Luiz Cotta
Que nariz teimoso - terá entupido? - que recusa esse fedor que é bom não cheirar!
Ou será a flor a murchar que não lembra mais o aroma que lhe é peculiar?
Fôsse apenas o nariz, danados esses sentidos!
Os olhos, aflitos, vêem a flor por todo lugar, não importa acordados ou até a sonhar;
A flor somente, em qualquer lugar, é tão somente o que ficam a olhar.
Se dana o tato, que fica louco de vontade de tocar.
Sentido fica o coração, que não tem o que fazer face ao fraco da visão
Mesmo fechados, os olhos voam em memórias e imaginação.
Dá um nó no miolo...
Os ouvidos se confudem: querem "sim" em lugar de "não"
Acabam confudindo o tato, que fica, ora, sem onde pôr a mão.
"Não entendo voz de flor!", se defende a audição
O corpo já é perdido...
Vai daí o paladar, tristonho, a esperar
A boca já se envergonha da confusão e nem mesmo se põe a falar
De novo, sofre o coração que fica abafado, querendo gritar
A língua, curiosa, lembra o gato, que deu azar
Se pergunta noite e dia
"Que sabor essa flor terá?"
By Luiz Cotta