segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como é que dói...

É como uma agulha que fura o dedo

Como uma faca de pão que lasca a mão

Uma ferida de mosquito que a gente coça

Ou uma taça de champagne que se anula em estilhaços

Como uma topada do dedinho na quina do sofá

Um cisco que entra no olho

Cotovelada, espirro surpresa, unha quebrada, pimenta ardida, pesadelo de monstro fantasma no armário... É rápido, de repente, um arrepio. Ligeiro. Zás.

Depois a gente sopra, coloca band-aid, toma um ar, respira fundo, cobre com cobertor, pede colo pra mãe, toma um banho e espera o remédio fazer efeito. Não é PIMBA!, mas passa.

Aí  o coração fica na berlinda de começar a normalizar, o peito enxuga a dor salgada da lágrima, a face não é mais rubra, os caminhos são mais claros e a gente... Bom, a gente pode continuar a caminhada. Vai tropicando. Mas vai. Sempre vai.


Um comentário:

Jeferson Cardoso disse...

Muito legal! Linda a foto do tiozinho.

Abraço!